segunda-feira, 27 de junho de 2011

A carta que nunca vais receber...

Não quero que permaneças mais em mim, não depois de hoje, e depois de tanto o que eu tive que passar para chegar aqui.
Tive medo de te deixar entrar, talvez devesse ter seguido a minha intuição.
Prendi-me no teu primeiro sorriso, na vontade que tinhas em me levar contigo. Senti-me viva outra vez. Deixei, para trás, tudo aquilo que tanto mal me tinha feito, e aconcheguei-me a ti... deixei-me ir.
Mostraste-me caminhos que sempre rejeitei, mas que ao teu lado faziam sentido.
Engoli o orgulho e mantive-me firme ao teu lado. Vi-te a voltar vezes sem conta, sem que eu me permitisse mover, sem que te apercebesses  das feridas que as tuas fugaz provocavam no meu coração.
Senti cada tocar teu como se fosse a minha salvação. Sabia que se te deixasse entrar não poderia voltar atrás. Espero que um dia vejas isso.
Estive disposta a tudo. Vi-te cada vez mais distante, ouvi de ti as maiores injustiças.
Tentei fazer o meu melhor para que visses a minha verdade, mas agora sei  que isso são ilusões que vão permanecer em bolas de sabão.
Que todas as pessoas que te rodeiam te possam fazer feliz! Tão feliz como nunca fui capaz de fazer e que já não me permito mais tentar.
Talvez já tenha perdoado erros imperdoáveis, mas a mentira, a sensação que tudo não passa de histórias em cima de histórias não têm em mim espaço para perdão. Desculpa!
Peço desculpa por todas as palavras que não merecias, todos os ciumes que me deixavam a morrer de vergonha, por me ter permitido ter gostado tanto de alguém que nunca me pertenceu.
Não há dia que não sejas o meu último e o meu primeiro pensamento. Mas sei que serei sempre a tua última prioridade.
Hoje as tuas últimas palavras foram como vidros a espetarem-me todo o corpo. Nunca te exigi a minha presença na tua vida, bastava teres sido sincero! E logo tu que cantas ao vento o quão sincero és!
Nada o que fiz te trouxe para mim, nada do que fizeste me afastou... até hoje!
Gostava de não me permitir mais sofrer por ti.
Por tua causa passo noites sem dormir; por tua causa perdi a esperança em mim; por tua causa deixei de ouvir as outras pessoas e deixei-me ir;por tua causa mandei tudo para o inferno; por tua causa voltei a sofrer; por tua causa o meu coração continua a sangrar; por tua causa  o medo voltou ainda maior.
Trazes até mim todos os teus medos, todas as tuas inseguranças, e nem te apercebes.
Queria dizer-te nos olhos, com o meu maior sorriso, que por tua causa me torno todos os dias mais forte.
Talvez um dia sintas a minha falta e saibas como me fizeste sentir uma louca sem saber que direcções tomar.
E se eu te dissesse que és tudo o que sempre desejei, irias acreditar? Não me aches uma louca, só acreditei que um dia o amor viria...
Gosto de ti! Vou guardar cada sorriso que partilhámos, cada abraço forte, cada minuto a sentir o teu cheiro na minha caixinha das melhores recordações.
Desculpa não me ter permitido viver isto para sempre! Só quero voltar a ser a primeira escolha para alguém...
Querido, eu tentei, e chorei, perdi-me a mim mesma. E tanto tentei que não podes voltar atrás.
Talvez este seja o fim do que nunca houve. Tu deixaste-me ir. Talvez "ela" mereça. Desculpa por não continuar a tentar.
Sim querido, perdeste-me!


E  se tudo o que vivemos, todo o meu carinho por ti, e algum teu por mim foi ilusão que esteve sempre numa bola de sabão, que essa bola voe bem alto e vá, pelo menos uma única vez, na direcção correcta.

Sei que todas estas palavras estão envolvidas numa enorme confusão que, provavelmente, não as vás entender, mas deixa que te diga que não estão mais confusas que eu mesma.



Com todo o meu amor, beijinho..

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