sábado, 17 de setembro de 2011

Lua

Ainda me mantenho aqui, no mesmo lugar onde,outrora, me deixaste, sozinha,  incrédula de um fim que não esperava.
Estou aqui, com os olhos cerrados para que a realidade não mos faça abrir.
Sinto a falta do nosso silêncio, de como me podia enroscar no teu abraço e tudo desaparecia, o medo de não te  voltar a ver, a minha insegurança, a dor de não te ter por inteiro.
Peço à lua, que tanto brilha entre as estrelas que entram pelo meu quarto, que te faça lembrar de mim, de nós.
Percorro toda a minha lembrança, vezes sem conta, para que o tempo não me leve as lembranças de ti... Tudo o que menos quero é ficar sem o resto de ti que ainda mantenho em mim.
Um dia temos de fazer escolhas, temos de seguir em frente, mas aguardo para que recues, venhas até mim, me abraces pela última vez, mas que desta vez eu saiba que é a última, para desta forma te abraçar tanto, te prender tanto a mim que me leves em teu pensamento.
Até lá, vou ficando aqui, assim, sentada na cama, a olhar pela janela, contemplando todas as estrelas e conversando com a lua, com a esperança de estar em teu pensamento.